O dia foi instituído pela ONU em 2017 em homenagem a Anton Janša, nascido em 20 de maio de 1734 em Breznica, região Gorenjska da atual Eslovênia. Cresceu em uma família que possuía mais de cem colmeias, ele desenvolveu um fascínio especial pelas abelhas desde cedo. Por ser muito inventivo e observador, revolucionou a prática de criação de abelhas, ele inventou um novo design de colméia e aperfeiçoou as técnicas de produção do mel.
Maio, o mês, deriva do nome Maia,
que tem o sentido literal de ‘pequena mãe, e na mitologia romana Maia Maiestas
é a deusa da fecundidade e da projeção da energia vital, e da primavera.
E as abelhas podem ser
consideradas como pequenas “mães”. Mães que dão o fruto a cada flor que pousa,
trazendo a fecundidade e a energia vital para cada botão floral que visita.
E o Brasil é mais abençoado ainda
por ser um berço esplendido para as abelhas nativas sem ferrão. Mais de 300
espécies ocupam os quatro cantos do nosso país.
Nossas abelhas nativas
assemelham-se a varinhas de condão, transformando em uma explosão de vida até
as flores mais independentes!
Um exemplo dessa mágica é o café.
Estudos demonstram que apesar de ser uma planta independente de polinizador,
devido a sua capacidade de autopolinização, a presença de abelhas nativas nas
flores do cafezal, acarretam um incremento da produção de até 30% no arábica e
até 60% no conilon (AgroBee).
Existe uma outra pesquisa que
registrou um aumento médio de 23% no peso do tomate cereja, quando polinizado
por quadrifaciatas.
Pesquisas mais sérias catalogam a
frequência de vibração do abdômen de nossas abelhas sem ferrão no momento da
coleta de néctar no botão floral.
Sim cada uma das nossas abelhas nativas, diferentes das abelhas Apis Melífera, produzem uma vibração característica específica por espécie. Isso as tornam essenciais para o sucesso e eficiência na polinização de muitas espécies específicas da nossa flora nativa. Significa que se não houver uma abelha que atinja a vibração de uma frequência específica para uma determinada espécie floral, esse botão floral não será abençoado com a sucessão da vida.
Uma outra pesquisa, da Dra. Kayna, apresenta um levantamento sobre a dependência de polinizadores na agricultura
comercial. O gráfico revela que pelo menos 76% da cultura comercial é
dependente de polinizadores. Desse total 35% são essencialmente dependentes, ou
seja, se não houver polinizador não há produção. Outros 24% do total são
altamente dependentes.
Esse estudo já é suficiente para
entender a importância das abelhas no nosso cotidiano. Se acrescentássemos a esse
cenário a mágica da multiplicação da produção, que nossas abelhas nativas são
capazes de implementar na maioria das plantações comerciais, as abelhas nativas
deveriam não só ser comemoradas no dia 20 de MAIO, mas a cada dia do ano nas
salas de aulas de nossas crianças, para que todas crescessem reconhecendo o
quanto importantes nossas abelhas nativas são para nosso dia a dia, incrementando
a produção de alimentos, como para nossos 9 grandes biomas nacionais.
Nossas abelhas sem ferrão são as
“pequenas mães indígenas”, hoje ainda pouco valorizadas, ou ainda não
devidamente “empoderadas”, para usar um jargão da moda. Que cada dia 20 dos
maios que ainda virão, possam ser momentos de despertamento para a verdadeira
importância das abelhas nativas.
Viva todas as abelhas! E viva
nossas abelhas nativas!
Medina
Nenhum comentário:
Postar um comentário