Posto abaixo uma texto de nosso amigo Homem das Abelhas Australianas: Bob Luttrell.
Ele em sua contínua pesquisa por melhorar o manejo de suas abelhas sem ferrão vem sempre nos brindando com novidades.
Nesta postagem redigida por ele, nos apresenta um novo modelo de caixa com aperfeiçoamentos e uma nova maneira de coletar méis das nativas.
Em breve ele vai nos disponibilizar um vídeo com esta nova técnica de coleta de mel.
Att
Medina
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Um caminho em forma diferente e progressiva.
Por Bob Luttrell (B Sci Agr UQ)
Há muitas caixas, muitas ideias,
e muitas maneiras de fazer as coisas no mundo das abelhas sem ferrão.
A ideia de ninguém vai ser, nem
ficar o melhor. Somente por meio da inventividade e engenhosidade dos
meliponicultores, com suas mentes abertas e capazes de observar as suas
abelhas, vai haver um genuíno progresso em relação ao bem-estar de nossas
abelhas sem ferrão.
Acima de tudo, nunca tenha medo de experimentar. Nunca tenha
medo de sonhar com o que poderia ser.
Uma caixa completamente moderna para abelhas sem ferrão.
A Aussie INPA Mk 2
Eu desenvolvi esta caixa ao longo de vários anos, a forma
evoluiu de retangular a quadra, sempre com o objetivo de promover o conforto
das abelhas, e facilidade de uso pelo meliponicultor.
Esta caixa é modular, com componentes separados, dos quais
pode-se escolher qualquer um dos principais alças para tomar qualquer posição na
desdobra de uma nova colônia.
O espaço da abelha é pela primeira vez reconhecido e utilizado.
Tenta-se construir com recursos de design uma maneira de resistir aos ataques
de moscas syrphid, um dos principais parasitas de abelhas sem ferrão.
A ventilação é realizada de baixo para cima, e
ativada pelas abelhas conforme suas necessidades. Uma cobertura resistente serve
de sombreamento blindagem ao calor, protegendo a colônia em clima quente,
reduzindo o risco de perdas.
Madeira de alta durabilidade é utilizada na manufatura, e
todos os componentes internos de metal são de aço inoxidável para maior durabilidade e para evitar a contaminação com metais pesados.
As alças são mergulhadas em resina de madeira e cera de Apis derretidas.
Entre as alças há separadores emparelhado, um é fixo à parte inferior da alça superior, e o outro, maior e solto, na parte superior da alça de baixo. Estes
permitem uma divisão limpa sem derrames de mel ou rompimento dos potes de pólen.
Os danos que ocorriam na estrutura do enxame durante as desdobras
expunham material atraente para as moscas syrphid e forídeas e, mais
recentemente aos pequenos besouros de colmeias.
A divisão seca é muito mais segura para as abelhas, resulta
em menos trabalho para elas, durante o reparo e limpeza após a desdobra.
A recuperação é muito mais rápida. Nas fotos abaixo, a figura 1 mostra
uma alça no estágio ideal, pronta para receber em sua parte superior uma nova alça
vazia, pode-se observar o espaço de circulação das abelhas.
E a figura 2, mostra
uma alça pela técnica construtiva antiga, fundamentalmente diferente das atuais
propostas.
A estrutura do ninho progride em direção ao painel de inspeção
até ocupar as alças superiores. A alça superior da caixa de uma colônia pode
ser removida para ser utilizada como nova alça inferior, colocando-a perfeitamente
em nova placa de fundo, uma vez que a circulação das abelhas é mantida pelo
separador fixo. Na desdobra adiciona-se
um separador solto na alça inferior. Ambas as colônias rapidamente crescem para
cima, em suas alças através do seu caminho central preferido, podendo-se observar o desenvolvimento de
cima, por meio do painel de inspeção da caixa.
Esta caixa traz um elemento de gestão de abelhas sem ferrão,
muito familiar aos apicultores. O uso de armadilhas para insetos-pragas, mesmo a alimentação estratégica torna-se possível dentro da colônia, o aspecto e a saúde da colônia pode ser avaliada sem perturbar as abelhas.
Com a descoberta da doença bacteriana em abelhas sem ferrão,
a visibilidade, possibilitada em colônias nessas caixas, através do painel de inspeção, oferece condições para vistoriar a presença de possíveis infestações na colônia.
A última novidade em arranjos de potes de mel de abelhas sem
ferrão.
Eu já mostrei que tanto carbonaria Tetragonula, e
Tetragonula hockingsi, armazenam seu mel em potes dispostos em quadros horizontais,
quando a colônia está forte e em produção.
Até os dias atuais, estes quadros tem sido construídos pela inestimável
técnica da prototipagem, usando impressoras 3D. Um pedido de patente
foi arquivado no ano passado, e torna-se definitivamente disponível em breve.
Isso nunca foi realizado com abelhas sem ferrão na Austrália
antes, nem no mundo, pelo que pude pesquisar. Posso dizer que houve aventuras neste
sentido, em potes plásticos de mel improvisados e sucção a vácuo, para coleta de
mel dos potes em qualidade e em condições de higiene.
A atual proposta deixa em muito nossos esforços para trás até
o momento. Com estes quadros, espero trazer nossas abelhas sem ferrão para o
século 21. O mel poderá ser extraído, filtrado durante a extração e ser
engarrafado para consumo imediato. Como sempre aconteceu com esta classe de méis,
ele necessitará de refrigeração para armazenamento de longo prazo. Eu acredito
que o tempo vai mostrar que existirá uma solução, mesmo para isso.
A estrutura proposta é uma estrutura de grade simples que
orienta o armazenamento das abelhas, e fornece uma base, e a padronização para uma
operação de perfuração posterior. Atualmente são utilizadas impressoras 3D, mas
em um próximo passo os quadros serão produzidos usando moldagem por injeção.
Coletar o mel passará a ser muito simples com esses
quadros de mel feitos especialmente com propósito de armazenar, e possíveis de
serem empregados em quase qualquer tipo de caixa de abelhas. Basta romper os
topos dos potes de mel usando uma faca pontiaguda, ou o bloco de pregos padronizados
com o quadro de potes, e em seguida, invertendo-o em um coador sobre um
recipiente para drenar.
Para grandes quantidades, eu fiz um potente extrator que
remove o mel muito rapidamente, filtra e facilita o engarrafamento. Os
componentes deste extrator são projetados serem limpos em uma máquina de lavar
louças.
Nada disto é definitivo, tudo vai progredindo com melhores
ideias que vão surgindo. Com referência a caixa, eu me comprometo a manter a
compatibilidade de uma versão para a próxima. Esperemos que o mesmo ocorra com
os quadros de coleta. Com eles, no entanto, é como trabalhar com as abelhas Apis há
100 anos, no alvorecer de uma nova era. Muita coisa pode mudar se as pessoas aproveitarem
a oportunidade.
Em minha página, manterei novas informações
Detalhes da caixa em:
http://www.bobthebeeman.com.au/downloads/BobsAussieINPAHiveDesign-withprintinstructions.pdf
Caso não consigam ver o vídeo anexo, abaixo atalho no YouTube.
BOB Luttrell
Talvez depois do queixo voltar ao lugar possamos dizer alguma coisa.
ResponderExcluirParabéns Bob !
Parabéns Medina !
Dream team
uga
Gesimar
Boa tarde,
ResponderExcluirAdquiri recentemente uma colméia de mandaçaia, porém como não tenho conhecimento no assunto estou sempre olhando as informações postadas neste site. Gostaria muito de ter participado do curso que foi realizado em novembro. Entretanto, não vi nenhuma notícia publicada informando que iria ter o curso. De modo que sugiro que os próximos cursou ou encontros sejam veiculados com antecedência neste site.
Desculpe, Fizemos a divulgação no FaceBook ABELHA.AMERIO, e as vagas foram preenchidas muito rapidamente. Mas o próximo faremos divulgação simultânea também aqui..
ExcluirBelo trabalho, Bob! Parabéns.
ResponderExcluirJosmar - Sorocaba/SP
Olá! Belo trabalho.
ResponderExcluirGostaria de saber se há necessidade de pasteurizar mel de algumas espécies de ASF. Caso haja necessidade, quais seriam as espécies de ASF?
Olá .
ExcluirAtualmente pode-se dizer que existem 5 tipos de processamento básicos:
Refrigerado Congelado Desumidificado Maturado Pasteurizado.
A pasteurização é o pior processamento, pois altera muito sabor, aroma, e propriedades químicas.
Não arriscaria não utilizar nenhum deles. São muitas espécies de abelhas nativas, e o que se conhece das espécies mais comerciais é a alto teor de umidade. Devido ao maior teor de água, estes méis de abelha sem ferrão devem ser conservados por um desses processos, ao gosto do cliente e do produtor.
Muito boa iniciativa.
ResponderExcluirNa Malasia usam algo semelhante para as melgueiras.
O video abaixo tem legenda em ingles.
https://www.youtube.com/watch?v=irFYX6jeduA
soh nao gostei de ver que cortam os troncos para coletar ninhos...
Naquela experiencia dos copos plasticos feita aqui ha dois anos, eu sugeriria nao deixar espaco demais entre os copos para evitar aparacimento de potes desalinhados, e usar diametros mais proximos aos das proprias abelhas escolhidas.
Falando nisso, nao temos uma fonte precisa de qual o tamanho medio dos potes das nossas abelhas.