Com a devida autorização do autor, reproduzo abaixo a postagem do amigo Kalhil, comentando sobre sua breve passagem aqui pelo Rio de Janeiro, quando teve a oportunidade de visitar um dos parques em que mantemos atividade.
Sérgio Magarão e Wincler recepcionaram o amigo no Parque da Catacumba, onde foi realizada uma desdobra de mandaçaia.
Kalhil, seja sempre bem vindo !!!
Medina-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
De lua de
mel pela cidade maravilhosa, tive a grata satisfação de ter sido
convidado pelos amigos meliponicultores Wincler e Sérgio, sócios da
Associação de Meliponicultores do Estado do Rio de Janeiro (AME-Rio),
para uma tarde bastante agradável com as abelhas no Parque Natural da
Catacumba, situado as margens da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Assim que
chegamos ao local fomos recebidos oficialmente pelo gerente do parque
que nos contou a história de sua criação. O local, atualmente em
processo de recuperação avançado de flora e fauna, foi da década de 70
uma favela. A gestão municipal à época retirou a população do local,
tratou, recuperou e deu início a criação oficial do parque de
preservação ambiental da catacumba.
No local há
um pequeno meliponário modelo que serve de instrumento de capacitação e
educação ambiental. Esse trabalho da AME-Rio junto aos parques no Rio de
Janeiro tem sido muito importante para o crescimento e expansão da
meliponicultura. Há uma atividade semelhante realizada na Floresta da
Tijuca.
No local temos algumas caixas de Mandaçaia, Iraí e Jataí. Todas muito bonitas e bastante populosas. As caixas usadas são as projetadas pelo meu querido amigo Pedro Paulo Peixoto que, muito embora respeite, não gosto pelo fato de dificultar, na minha humilde opinião, o manejo quando da presença de mel nas colônias.
A convite do colega Wincler realizamos a multiplicação de um enxame de mandaçaia (m.q.q.), Para os que não conhecem a mandaçaia do sul (também conhecida com Mandaçaia quadri quadri), trata-se de uma melipona extremamente dócil e com mel de sabor bastante agradável. Sua principal característica é a grande presença de resina e barro dentro dos enxames.
No passado já tive por aqui, mesmo não sendo nativas de minha região, essas abelhas em meu meliponário. Todavia não tive muito sucesso pois o clima quente e seco do RN foi um complicador no manejo, tendo em vista que são nativas de regiões mais frias. Na verdade hoje sou adepto da seguinte tese: cada "abelha" no seu galho!!! Ou seja, cada meliponicultor deve manejar as abelhas de sua região. Isso evita muitos problemas, especialmente o enfraquecimento dos enxames a longo prazo pela limitação de enxames naturais.
Enfim, foi uma tarde muito rápida, mas bastante agradável. Tivemos a oportunidade de trocar algumas experiências, fato este que fortalece muito o conhecimento entre amigos meliponicultores. Agradeço imensamente aos meliponicultores da AME-Rio pelo convite. Espero na próxima visita ao Rio de Janeiro ter mais tempo para participar oficialmente de alguma reunião desta Associação que tenho um grande carinho.
Natal, em 19 de novembro de 2014.
Kalhil Pereira França
Meliponário do Sertão
Obs:
Agradecimento especial a minha amada esposa Marcelle Thurner que, muito
embora não esteja nas fotos, estava em todos os momentos ao meu lado,
exceto na hora da abertura das caixas por que até hoje, mesmo eu
mostrando que as abelhas são completamente inofensivas, ainda morre de
medo das minhas meninas abelhas sem ferrão, rsssssssssss....
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