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terça-feira, 17 de abril de 2012

Reunião da AME-RIO de abril, vai ser dia 21.

Amigos da AME-RIO e Internautas.


Eu estou em dívida com vocês, pois não tenho atualizado o nosso Site, já estamos chegando na reunião de Abril e eu nem contei como foi a nossa reunião de março.


Bem em março como todos já sabiam, nossa reunião foi na casa do Antonio Abreu, lá no Vale das Pedrinhas em Guapimirim, no Rio de Janeiro. Pela distância e pelo tempo, que estava prometendo chuva, a audiência desta vez não foi tão grande como das outras vezes, mas quem não foi perdeu uma das melhores reuniões desses últimos meses.




Antes do início da reunião o Antonio Abreu foi buscar uma colônia diferente para nos mostrar, era uma Iraí alojada em um vaso de madeira, que pelo seu canudo, acabou tomando o formato de um bule.




Acima o Antonio Abreu mostrando o seu bule de Iraís para o Christiano Figueira, responsável pelo projeto de abelhas sem ferrão do Parque da Pedra Branca.




A reunião iniciou, com nosso diretor secretário, o Carlos Ivan, repassando a ata da reunião anterior, apresentando a pauta da reunião e cumprimentando os aniversariantes do mês março, inclusive ele era um deles e nem para levar um bolo para comemorar, dividindo com os presentes, acho que já não se fazem aniversariantes como antes.




Logo em seguida o Carlos Ivan, em nome da diretoria da nossa associação, agradeceu ao nosso anfitrião pela oferta do espaço para nossa reunião e recepção dos sócios e passou as mãos do Antônio Abreu o certificado de Meliponário do Ano - 2011 - da AME-RIO, título que foi concedido ao seu meliponário na reunião de dezembro passado, mas o certificado ficou para ser entregue nesta reunião, no próprio local. O título de meliponário do ano se deve as experiências exitosas do Antonio Abreu na confecção de caixas para abelhas sem ferrão com materiais alternativos e que tem lhe permitido uma alta taxa de sucesso nas multiplicações efetuadas e na manutenção das colônias.




Depois a nossa diretora, Julia Galheigo, pediu a palavra e nos falou um pouco sobre o que ela viu na viagem que fez ao Paraná quando do 5° Seminário Paranaense Meliponicultura e nos apresentou o Sigfrid Fromming, que ela conheceu naquela época e que estava agora no Rio de Janeiro, fazendo pesquisas para sua tese de doutorado. O Sigfrid é professor no Instituto Federal de Santa Catarina, campus de Rio do Sul, mas também é meliponicultor e pesquisador de técnicas de manejo para a criação de abelhas sem ferrão.




O Sigfrid nos brindou com uma palestra sobre suas pesquisas sobre a multiplicação mista de meliponíneos, técnica que ele vem aperfeiçoando já a cerca de três anos, juntamente com o seu pai. Nesse tipo de multiplicação são utilizadas abelhas operárias de espécies diferentes das abelhas a serem multiplicadas. Os discos de cria, fornecidos ao novo enxame são de uma espécie e as abelhas operárias que irão aquecer e cuidar desses discos de cria, além de buscar alimentos para a nova colonia são de outra espécie, no caso do Sigfrid, na maioria das experiências ele usou campeiras de mandaçaias, criando abelhas uruçus ou guaraipos.


Os nossos associados acompanharam a palestra do Sigfrid com bastante atenção.




Depois da palestra do Sigfrid, a palavra foi passada ao Antonio Abreu.



Que nos apresentou a experiência que ele está fazendo com isopor, cimento e vermiculita.




Ele está construindo caixas para mandaçaias e também para uruçus, utilizando caixas prontas de isopor, cimento e vermiculita.




Detalhe da caixa de isopor com forração interna  de cimento e vermiculita.




Ele também está usando placas de isopor, para construir as caixas, mas sempre forrando internamente com vermiculita e cimento.




Caixa feita com caixa de isopor, caixa feita com placas e caixas feitas só com cimento e vermiculita.








O Antonio abriu uma de suas caixas.



Para mostrar o bom desenvolvimento das abelhas.







O almoço foi em um restaurante, no centro de Magé, cidade que fica a cerca de 4 ou 5 km do sítio do Antônio.




Depois do almoço voltamos às atividades e reiniciamos as palestras.




É claro que a primeira, com o pessoal todo com sono tinha que sobrar para mim.




Mas enquanto alguns cochilavam, eu tentei mostrar como foi a visita da nossa  diretoria ao Parque Nacional da Floresta da Tijuca e a parceria que estamos iniciando com a administração desse parque.  Já na nossa próxima reunião vamos instalar algumas caixas com colonias de abelhas mandaçaias e iraís, que junto com as colonias de jataí e jataís da terra que já tem lá no parque, vão formar a base de um meliponário de divulgação. Na verdade quem deveria estar fazendo essa apresentação seria o Luiz Alberto Medina, que vem costurando esse acordo há bastante tempo e que está preparando uma apostila com a qual pretendemos fazer a capacitação dos funcionários e voluntários que atendem ao público no Parque da Floresta da Tijuca.



Depois foi a vez do Biólogo Leonardo Furtado, do Parque Estadual da Pedra Branca, que nos apresentou o dia a dia da administração de um Parque Florestal encravado em uma metrópole, cercado de bairros por todos os lados e as interferências que as áreas de proteção sofrem todo dia devido a ações predatórias conscientes ou inconcientes da população da periferia do parque. 




O Leonardo nos falou sobre diversas ações de educação ambiental e conscientização que o Parque da Pedra Branca vem promovendo.




Para falar sobre o projeto Abelhas Nativas o Leonardo chamou o Christiano Figueira, que é o meliponicultor responsável pela implantação de meliponários de divulgação e pela capacitação dos funcionários do parque.




O Christiano nos contou que atualmente o projeto Abelhas Nativas já não está restrito a sede principal do parque, se estendendo também para as sedes do Camorim e da Piraquara, onde também estão sendo instalados meliponários. 




Ao final uma foto dos apresentadores, faltando o nosso anfitrião que já tinha ido para a área do meliponário e estava mostrando suas abelhas para os associados e amigos presentes.


Antes de terminar e para fazer jus ao título da postagem vamos relembrar que nossa próxima reunião é no dia 21 de abril, já no próximo sábado, vai ser no Centro de Visitantes do Parque Nacional da Floresta da Tijuca, no Alto da Boa Vista - Rio de Janeiro - RJ e começa às 9:00hs, com programação que se estende até as 16:00hs. Como o parque oferece várias mesas para pic-nics, estamos propondo que dessa vez, ao invés do almoço em algum restaurante, façamos um pic-nic, com cada sócio e amigo levando algumas bebidas e salgados, reunindo tudo vai dar um belo de um pic-nic. Mas para aqueles que não quiserem participar do pic-nic e não levarem salgados e bebidas, no próprio parque existe restaurante e no entorno são várias as opções para alimentação.


Vamos estar esperando vocês.


UGA


José Halley Quadros Winckler.

6 comentários:

  1. Não sei se o Sig comentou, mas eu, a pedido dele, fiz um teste de Jandaíras criando mandaçaias, dá certo. De 3 tentativas eu consegui formar 2 enxames de mandaçaia.

    att,

    Kalhil
    Meliponário do Sertão

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  2. realmente a reunião foi muito proveitosa e prazerosa,também com os feras da meliponicultura no estado do Rio De Janeiro, não poderia ser diferente. abraços a todos da ame Rio e seguidores deste blog.

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  3. Olá Kalhil,

    Obrigado por sua visita ao nosso site e pelo comentário que fez, que vai nos permitir passar mais informações para os amigos da AME-RIO.
    Sim, o Sigfrid mencionou a sua experiência de multiplicação mista, utilizando operárias de jandairas, como uma prova de que a multiplicação mista é viavel e pode ser repetida em outras regiões e com outras abelhas, diferente daquelas que ele utilizou. Essa técnica, se bem utilizada, pode ser uma forma para facilitar a reintrodução de abelhas nos locais onde elas foram extintas por ações antrópicas.
    O Sigfrid nos contou que ele utiliza as mandaçaias como amas, para a geração de colônias de abelhas de outras espécies, porque as mandaçaias são abelhas bem adaptadas à região onde ele mora, encontradas com relativa facilidade e que conseguem gerar, aquecer e alimentar uma nova colônia, com um número não muito elevado de campeiras.
    Depois dessa afirmação ele nos disse: "já o Kalhil usa jandaíras para o processo de multiplicação mista, pelo mesmo motivo, elas são bem adaptadas a sua região, são encontradas com relativa facilidade e não precisam de um grande número de operárias para gerar uma nova colônia. Então, na região do Kalhil, as jandaíras são uma ótima escolha para a utilização como amas em multiplicações mistas".
    O Sigfrid ainda elogiou bastante as jandaíras, por serem abelhas de porte mais reduzidos que as mandaçaias e mesmo assim terem tido êxito na geração de novas colonias e com discos de cria de abelhas de porte bem mais avantajado.
    Uma coisa que o Sigfrid nos falou também é que é relativamente fácil obter exito na geração de novas colônias de abelhas, mas se essas abelhas forem de ambiente muito diferente e não forem tomados cuidados redobrados para o seu desenvolvimento, incluindo aquecimento e alimentação artificial, o desenvolvimento posterior dessas colônias pode se tornar extremamente complicado, com muitas delas não conseguindo chegar ao segundo ou terceiro ano.

    Um abraço,

    José Halley Winckler
    www.ame-rio.org

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  4. Olá Vicente,

    Obrigado pela visita e pelos elogios, embora exagerados.
    Não somos feras, somos apenas um grupo de pessoas reunidos por um ideal, que é a proteção das Abelhas sem Ferrão e a divulgação da meliponicultura.
    Que bom que você juntou-se a nós.

    Um abraço,

    José Halley Winckler
    www.ame-rio.org

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    1. Ok,amigo Halley. o fato é que eu estou muito feliz em conhecer pessoas como eu, amantes das abelhas sem ferrão,pois quem desconhece a meliponicultura, de inicio acham que nós somos uns malucos, mesmo nós sendo sensatos. digo isto por experiência própria pois tive dificuldade em introduzir a criação racional no meu povo de origem no sertão paraibano,onde eles tem os cúrticos com jandaíras e para extrair o mel, empurram um ferro no furo de entrada e destroem tudo lá por dentro,só que a cultura está mudando, pois minhas quatro caixas racionais de jandaíras que deixei por lá estão muito fortes,disse meu sogro e já estou de passagem comprada para viajar, aumentar minhas colônias e montar meu pequeno meliponário.abraços.

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