Uma história de amor, amor ao Rio de Janeiro, as nossas Abelhas Nativas, a nossa Flora, a nossa Fauna.
Amor e respeito ao Meio Ambiente do Brasil e do mundo todo.
Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro - AME-RIO
Presidente: Celicina de Fátima Ferreira - Biênio 2023 / 2025
Vice-Presidente: Luiz Carlos Gomes Carneiro
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domingo, 25 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
O melhor presente de Natal!
Desde criança somos envolvidos pela magia do Natal, e em nosso imaginário acontecem sonhos desse ou daquele presente.
A idade chega, o passar dos anos nos torna mais sábios, e muitas fantasias caem, mas essa eterna magia permanece.
Este ano sinceramente não sonhei com nenhum presente, entretanto a Mãe Natureza incumbiu-se de presentear-me com um presente inesquecível e que emocionou-me na manhã dessa quinta-feira, dia 23 de dezembro de 2011, portanto vésperas do Natal.
Viajei e fiquei três dias fora retornando ontem.
Na manhã de hoje, molhava as plantas do quintal onde mantenho meu meliponario urbano com diversas caixas de uruçú nordestina, jandaira, mandacaia, asilvai, Scaptotrigona, mocinha preta, uruçú amarela do Planalto Central e mandurí do Mato Grosso, e uma única caixa de jatai (nome científico: Tetragonisca angustula) que diferente das demais fica na frente da casa.
Notei, então, que uma velha caixa onde habitou um fraco enxame de jandairas que morreram meses antes e que simplesmente larguei sobre um velho tanque encostado na parede da edícula dos fundos, havia intenso movimento de abelhas jataís!
Parei tudo e fiquei analisando - estavam construindo freneticamente uma entrada no buraco ceroso de cera alveolada que uso passar sobre a capa de serragem que coloco nos protetores de garrafa pet nas entradas de minhas caixas.
Inicialmente pensei que estavam saqueando ou tampando mesmo buraco de entrada... mas depois tive certeza de que estavam construindo o canudinho de cerume comum nos enxames da espécie.
Movimentação das jatais na entrada da caixa:
Isso demonstra que a tese entre alguns meliponicutores que defendem ser mais atrativo para caixas-iscas o uso de material oriundo de enxame da espécie pretendida na captura, seja restos de cera ou cerume e própolis diluido etc. é relativa. A caixa-isca de madeira que foi apoderada pelas jatais tinha material exclusivo de Melipona subnitida, jandaira... e a jatai, Tetragonisca angustula, do grupo Trigonini não se importou com isso.
Tenho nessa experiência o meu melhor presente de Natal! ...principalmente porque esta é minha primeira captura de um enxame de abelha indígena. E todos aqueles que já experimentaram isso, concordarão comigo de que trata-se de uma experiência inesquecível.
Aproveito para externar a todos os leitores boas festas natalinas e um Ano Novo repleto de boas realizações!
Do autor: José Luiz da Silva Vieira (texto e fotos) - é meliponicultor residente em Cuiabá - Estado de Mato Grosso, desenvolve estudos sobre adaptabilidade de abelhas indígenas do semi-árido (caatinga) da Bahia e Paraíba (nordeste do Brasil) no cerrado matogrossense (centro-oeste brasileiro).
A idade chega, o passar dos anos nos torna mais sábios, e muitas fantasias caem, mas essa eterna magia permanece.
Este ano sinceramente não sonhei com nenhum presente, entretanto a Mãe Natureza incumbiu-se de presentear-me com um presente inesquecível e que emocionou-me na manhã dessa quinta-feira, dia 23 de dezembro de 2011, portanto vésperas do Natal.
Viajei e fiquei três dias fora retornando ontem.
Na manhã de hoje, molhava as plantas do quintal onde mantenho meu meliponario urbano com diversas caixas de uruçú nordestina, jandaira, mandacaia, asilvai, Scaptotrigona, mocinha preta, uruçú amarela do Planalto Central e mandurí do Mato Grosso, e uma única caixa de jatai (nome científico: Tetragonisca angustula) que diferente das demais fica na frente da casa.
Notei, então, que uma velha caixa onde habitou um fraco enxame de jandairas que morreram meses antes e que simplesmente larguei sobre um velho tanque encostado na parede da edícula dos fundos, havia intenso movimento de abelhas jataís!
Parei tudo e fiquei analisando - estavam construindo freneticamente uma entrada no buraco ceroso de cera alveolada que uso passar sobre a capa de serragem que coloco nos protetores de garrafa pet nas entradas de minhas caixas.
Inicialmente pensei que estavam saqueando ou tampando mesmo buraco de entrada... mas depois tive certeza de que estavam construindo o canudinho de cerume comum nos enxames da espécie.
Movimentação das jatais na entrada da caixa:
Isso demonstra que a tese entre alguns meliponicutores que defendem ser mais atrativo para caixas-iscas o uso de material oriundo de enxame da espécie pretendida na captura, seja restos de cera ou cerume e própolis diluido etc. é relativa. A caixa-isca de madeira que foi apoderada pelas jatais tinha material exclusivo de Melipona subnitida, jandaira... e a jatai, Tetragonisca angustula, do grupo Trigonini não se importou com isso.
Tenho nessa experiência o meu melhor presente de Natal! ...principalmente porque esta é minha primeira captura de um enxame de abelha indígena. E todos aqueles que já experimentaram isso, concordarão comigo de que trata-se de uma experiência inesquecível.
Aproveito para externar a todos os leitores boas festas natalinas e um Ano Novo repleto de boas realizações!
Do autor: José Luiz da Silva Vieira (texto e fotos) - é meliponicultor residente em Cuiabá - Estado de Mato Grosso, desenvolve estudos sobre adaptabilidade de abelhas indígenas do semi-árido (caatinga) da Bahia e Paraíba (nordeste do Brasil) no cerrado matogrossense (centro-oeste brasileiro).
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Interação de Iraís com formigas
Amigos da AME-RIO e Internautas.
Há algum tempo nossa diretora de Patrimônio, a Julia Galheigo, vem pedindo para que seja feita uma postagem, mostrando a interação estranha que acontece com as abelhas de uma colônia de Iraís (Nannotrigona testaceicornis), que está localizada no pátio da escola onde a Júlia trabalha, a Escola Técnica Estadual República, do Rio de Janeiro.
Espero que vocês tenham gostado do vídeo que a Julia gravou. Ela nos disse também que tem algumas bolinhas desse pólen e que gostaria de levá-las à laboratório para ver o que são na realidade (se são só pólen ou se tem algum fungo ou outra substância agregada); se alguém se dispuser a fazer isso, ela pode enviar via correio.
Ela também nos contou que ganhou uma isca em garrafa PET e levou para a escola, pois um outro enxame de Iraís estava já uns três dias no mesmo local, em um muro da escola. Ela levou a isca preparadinha para elas e fez um pito, de cera delas mesmo. Moral da história, no dia seguinte, as formigas foram lá para dentro e fizeram aquela crosta com as Iraís. A Júlia disse que pelo que ela viu, as abelhas trazem a resina a e as formigas fazem o revestimento. Enquanto elas estavam no muro ela não estava entendendo bem e só depois da PET é que chegou a essa conclusão. Porque no muro as formigas ainda tinham que abrir um buraco para as abelhas morarem, as formigas é quem tiram a terra, aí entra o trabalho conjunto das formigas com as abelhas, preparam o batume que vai separar os ninhos de ambas. Depois as abelhas sustem o formigueiro, conforme o filme que ela fez do chão da quadra com elas.
Estamos aguardando alguém que possa ajudar a Júlia a levar o pólen que as Iraís oferecem para as formiguinhas, a um laboratório. E também que possa explicar melhor a interação entre as Iraís e as formigas.
UGA
Redator AME-RIO
Há algum tempo nossa diretora de Patrimônio, a Julia Galheigo, vem pedindo para que seja feita uma postagem, mostrando a interação estranha que acontece com as abelhas de uma colônia de Iraís (Nannotrigona testaceicornis), que está localizada no pátio da escola onde a Júlia trabalha, a Escola Técnica Estadual República, do Rio de Janeiro.
As abelhas fizeram seu ninho no chão da quadra de esportes que, naquela escola é cimentado, mas através de uma fresta no concreto elas devem ter chegado em algum oco abaixo do calçamento e aí conseguiram desenvolver uma colônia. Apesar de pisada a toda hora e de volta e meia ter seu pito arrancado ou fechado pelos alunos da escola, essa colonia já está alojada ali, há mais de dois anos.
A Julia nos disse que as iraís são bastante intrigantes e que a cada dia fico mais surpresa ao observá-las, principalmente pela simbiose que elas mantém com as formigas. As duas espécies parecem conviver plenamente, principalmente no inverno, estação em que as abelhinhas alimentam as formiguinhas. "Não sei dizer se o pólen que elas fornecem para as formiguinhas já está processado... enfim, só sei que elas trazem as bolinhas de pólen de dentro da colônia e entregam no lado de fora para as formiguinhas e estas carregam as bolinhas de pólen oferecidas pelas formiguinhas, em contrapartida, nenhum outro inseto ou seja lá o que for, chega perto das abelhinhas, porque estas formiguinhas fazem carreiro por perto e sempre estão protegendo as abelhinhas. É super interessante ver isso ao vivo.Com isso as crianças lá da escola aprenderam o que é simbiose e olhe que eles só tem de seis a oito anos. E elas estão aprendendo a não mexer nas fomiguinhas, porque são amigas, principalmente agora no inveno. Isso é uma lição de vida".
Espero que vocês tenham gostado do vídeo que a Julia gravou. Ela nos disse também que tem algumas bolinhas desse pólen e que gostaria de levá-las à laboratório para ver o que são na realidade (se são só pólen ou se tem algum fungo ou outra substância agregada); se alguém se dispuser a fazer isso, ela pode enviar via correio.
Ela também nos contou que ganhou uma isca em garrafa PET e levou para a escola, pois um outro enxame de Iraís estava já uns três dias no mesmo local, em um muro da escola. Ela levou a isca preparadinha para elas e fez um pito, de cera delas mesmo. Moral da história, no dia seguinte, as formigas foram lá para dentro e fizeram aquela crosta com as Iraís. A Júlia disse que pelo que ela viu, as abelhas trazem a resina a e as formigas fazem o revestimento. Enquanto elas estavam no muro ela não estava entendendo bem e só depois da PET é que chegou a essa conclusão. Porque no muro as formigas ainda tinham que abrir um buraco para as abelhas morarem, as formigas é quem tiram a terra, aí entra o trabalho conjunto das formigas com as abelhas, preparam o batume que vai separar os ninhos de ambas. Depois as abelhas sustem o formigueiro, conforme o filme que ela fez do chão da quadra com elas.
Estamos aguardando alguém que possa ajudar a Júlia a levar o pólen que as Iraís oferecem para as formiguinhas, a um laboratório. E também que possa explicar melhor a interação entre as Iraís e as formigas.
UGA
Redator AME-RIO
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Edital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária - 21/01/2012
ASSOCIAÇÃO DE MELIPONICULTORES DO RIO DE JANEIRO – AME-RIO
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Assembleia Geral Ordinária
28/01/2012
O Presidente da AME-RIO convoca os Srs. Associados para a ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, a ser realizada no dia 28 de janeiro de 2012, sábado, na Escola Wenceslao Bello, Av. Brasil nº 9727, Penha, Rio de Janeiro/RJ, às 9:00 horas em primeira convocação ou, na falta de número legal, às 10:00 horas em segunda e última convocação, com 1/3 (um terço) dos associados quites e em pleno gozo de seus direitos, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:
1) Registrar em Ata o nome e a identificação do atual presidente da AME-RIO, Sr. Andreas Zoltan Dako, para os devidos fins legais;
2) Aprovação do parecer do Conselho Fiscal sobre os balancetes da Diretoria e demonstração do resultado posicionados nas datas-base de 27/10/2011; 18/11/2011 e 31/12/2011;
3) Eleição de membro suplente para recomposição do atual Conselho Fiscal, com mandato até completar o biênio 2011/2012;
4) Alterar o estatuto da AME-RIO com inclusão de item para definir a quem compete substituir o vice-presidente nos seus impedimentos ou a quem cabe sucedê-lo no caso de vacância do cargo;
5) Alterar o estatuto da AME-RIO quanto à composição da diretoria (art. 4º), com a inclusão da Diretoria de Divulgação, bem como estabelecer suas atribuições;
6) Alterar o estatuto da AME-RIO para incluir mais atribuições à Diretoria (art. 6º) visando formular Plano Anual de Atividades;
7) Reexame da decisão da AGO de 09 de janeiro de 2011 que alterou o estatuto da AME-RIO com a inclusão de novas categorias de associados;
8) Formação de comissão de associados com a finalidade de revisar e consolidar o Estatuto da AME-RIO;
9) Concessão de títulos de associados honorários às pessoas indicadas pela Diretoria, para que integrem o Conselho de Ciência da AME-RIO;
10) Assuntos gerais.
As pessoas, que comparecerem na qualidade de representantes de Associados, deverão apresentar as respectivas procurações com firmas reconhecidas (exigência do Código Civil, art. 654, §2º).
Ficam os Associados ou seus representantes cientes de que somente poderão votar nas deliberações da ASSEMBLEIA e dela participar aqueles que estejam em dia com o pagamento de suas contribuições sociais.
Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2011
Andreas Zoltan Dako
Presidente da AME-RIO
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
III Concurso Nacional de Méis
Amigos da AME-RIO e Internautas,
Nesse último sábado, 10/12/2011, ocorreu a reunião de confraternização anual da AME-RIO. Nesse encontro tivemos o III Concurso Nacional de Méis e os presentes tiveram a oportunidade de provar cada um desses méis.
Toda a organização de concurso, como não podia deixar de ser, ficou a cargo do Pedro Paulo Peixoto, nosso Ex Presidente e idealizador desse concurso. Para a aferição oficial foi convidado especialmente o Dr. Rogerio Marcos de Oliveira Alves, professor e pesquisador da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
O professor Rogério, nos contou o que estão fazendo na Bahia, em matéria de pesquisa sobre meliponicultura, nos ofereceu uma ótima palestra sobre a criação de meliponas para a produção de méis e a exigência de pasto meliponícola apropriado. Hoje na Bahia, em todo o projeto de produção de mel que tenha financiamento público, a plantação de pasto meliponícola é uma exigência. Nosso convidado também fez uma apresentação sobre as abelhas encontradas na Bahia e nos mostrou uma série de imagens de Meliponários.
A mesma honraria foi oferecida ao nosso associado Waldir Ribeiro Osório, pesquisador de pasto apícola e meliponícola.
Nesse dia também tivemos o prazer de recepcionar o amigo Heráclito Sette, que veio de Brasília para acompanhar a nossa reunião e trouxe um delicioso mel de Jataís para ser degustado. Desde sábado, o Heráclito é sócio efetivo da AME-RIO.
Foi um ótimo dia.
UGA,
José Halley Winckler
Rogerio Marcos de Oliveira Alves
Engenheiro Agronômo pela Universidade Federal da Bahia (1983), Licenciatura Plena pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1984), Mestre em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Bahia (2004) e Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2010). Cursando Pós-Doutorado na UFRB 2011. Professor do IF Baiano desde 1983. Tem experiência na área de Zootecnia e Fitotecnia, com ênfase em manejo de animais e cultivo de orquídeas, atuando principalmente nas áreas: meliponicultura, apicultura e cultivo de orquideas.
Nesse último sábado, 10/12/2011, ocorreu a reunião de confraternização anual da AME-RIO. Nesse encontro tivemos o III Concurso Nacional de Méis e os presentes tiveram a oportunidade de provar cada um desses méis.
Toda a organização de concurso, como não podia deixar de ser, ficou a cargo do Pedro Paulo Peixoto, nosso Ex Presidente e idealizador desse concurso. Para a aferição oficial foi convidado especialmente o Dr. Rogerio Marcos de Oliveira Alves, professor e pesquisador da UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
Enquanto o professor Rogério analisava cada um dos méis inscritos no Concurso, os associados se reuniram para colher e degustar logo depois méis de colônias do meliponário escola.
Mas não foi só o professor Rogério que se deliciou com esses méis, todos os presentes tiveram a oportunidade de provar de cada um deles e depois de uma criteriosa análise também fizeram sua escolha do melhor mel do concurso.
Os associados provaram de cada um dos méis inscritos e depois puderam repetir a prova, dos méis que mais lhe agradaram, quantas vezes quisessem, até ter a sua opinião formada.
O Pedro Paulo ainda não divulgou a planilha oficial de julgamento, mas já sabemos que: a escolha do melhor mel feita pelo juiz oficial, coincidiu com a escolha feita pelos associados presentes.
O Campeão do III Concurso Nacional de Méis (Edição 2011), foi um mel que veio lá de Manaus, especialmente para esse concurso, é o mel de abelha Jupará, Mellipona compressipes manaosensis, não temos ainda o nome do meliponicultor, mas vamos divulgar aqui, assim que o Pedro Paulo distribuir a relação exata dos méis concorrentes. No dia esse era o mel Nº 4.
No julgamento popular esse mel de Jupará ficou empatado com o mel Nº 1, que também veio de Manaus e era um mel de Jandaíra, mas como veio do Amazonas não deve ser a mesma Jandaíra do nordeste. Também aguardamos a relação de méis inscritos e dos meliponicultores, para divulgar a relação completa dos classificados pelo julgamento popular.
Mas o professor Rogério não ficou só no julgamento dos méis, a parte mais importante de sua visita ficou reservada para a tarde, a transmissão de conhecimentos.
O professor Rogério, nos contou o que estão fazendo na Bahia, em matéria de pesquisa sobre meliponicultura, nos ofereceu uma ótima palestra sobre a criação de meliponas para a produção de méis e a exigência de pasto meliponícola apropriado. Hoje na Bahia, em todo o projeto de produção de mel que tenha financiamento público, a plantação de pasto meliponícola é uma exigência. Nosso convidado também fez uma apresentação sobre as abelhas encontradas na Bahia e nos mostrou uma série de imagens de Meliponários.
A AME-RIO ofereceu ao professor Rogério um título de sócio honorário e ele aceitou integrar o nosso Conselho de Ciências.
Foi um ótimo dia.
UGA,
José Halley Winckler
Rogerio Marcos de Oliveira Alves
Engenheiro Agronômo pela Universidade Federal da Bahia (1983), Licenciatura Plena pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1984), Mestre em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Bahia (2004) e Doutor em Ciências Agrárias pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (2010). Cursando Pós-Doutorado na UFRB 2011. Professor do IF Baiano desde 1983. Tem experiência na área de Zootecnia e Fitotecnia, com ênfase em manejo de animais e cultivo de orquídeas, atuando principalmente nas áreas: meliponicultura, apicultura e cultivo de orquideas.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
CURSO DE MANEJO DE ABELHAS SEM FERRÃO - 2O12 - Primeira Aula
CERTA VEZ, num encontro da AME-RIO , chegou uma PROFESSORA de TERESÓPOLIS, RITA, desejava ser sócia e se tonar meliponicultora.....
Ótimo,... teríamos mais uma meliponicultora no pedaço,
Já inscrita, estávamos todos da AME-RIO fazendo manejo de uruçu amarela, praticando ao vivo, uma divisão.
Ao retirar o disco mater, o que provavelmente originaria a rainha, passei-o as mãos da Rita e perguntei:
- sabem quantas abelhas nascerão deste disco?
Nem ela, nem nenhum dos presentes tentou responder a pergunta. Em sequência, para que ficasse dentro do contexto, eu disse à jovem professora:
- Pode contar!
A Rita muito assustada imediatamente respondeu:
- Mas, TUDO ISTO, professor ?
Com papel e lápis, a professora pacientemente contou.... e errou. Eu sentei-me ao lado e ensinei-lhe a MANEIRA RÁPIDA DE contar células em um disco de postura, com a mesma paciência contei 507 células (vejam que a memória ainda é boa), ela aprendeu a contar e eu tratei de arranjar mais dois discos, para que fizessem uma população de 1200 a 1500 abelhas. NECESSÁRIAS às substituições das 6000 campeiras que estavam sendo passadas ao jovem enxame e que, na maioria, estariam mortas dentro de 50 dias.
Muita gente acha um grande feito, fazer um novo enxame com um disco apenas, ou mesmo sem nenhum disco, mas não é. Estaremos gerando um novo enxame carente, onde precisaremos oferecer alimento, reforço de discos de cria, etc, etc, só corrigindo um erro inicial.
Então os meus alunos e eu próprio aprendemos a avaliar cada disco, com erro não maior que 10%, sem mais precisar contar, mas até hoje, conto as células dos discos no computador e, não raro, no dia seguinte dou mais um disco ao jovem enxame....
E é isto que lhes estou pedindo e saibam que nunca mais esquecerão o número de células de um disco de primavera, de um enxame saudável de mandaçaias.
Dificilmente encontrarão outro maior em enxames normais... vejam que interessante.
Este trabalho, no curso, faremos em 5 minutos, em cada espécie estudada, cinco minutos que nos ajudarão pro resto da vida de meliponicultor...um item básico para avaliar corretamente as expectativas de uma desdobra em qualquer caixa racional.
No disco da foto esta gravado nome da Julia, mas a pergunta é para todos.
Vamos ver quanto tempo demora para saber quantas células tem cada um dos discos das fotos. No computador é mais fácil, mas continua sendo importante a tal contagem de avaliação.
Muitos são veteranos, fizeram dezenas de multiplicações e nunca contaram um só disco.
Garanto-lhes, ou tiveram muita sorte, ou aprenderam uma maneira de avaliação com seus próprios erros, ou muito trabalho para vingar seus enxames.
Abraços.
Pedro Paulo Peixoto
meliponario-escola
Pedro Paulo Peixoto
meliponario-escola
Associados da AME-RIO e Abenautas de todos os estados, que queiram inscrever-se neste Curso pela internet, poderão fazê-lo ate o dia 20 de dezembro de 2011, diretamente no email:
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Pedro Paulo Peixoto
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
A primeira vez a gente não esquece
Ontem eu fiz a minha primeira coleta de mel no meu meliponário, foi na caixa de Uruçu Amarela do Projeto Meliponário Solidário da Ame-Rio, uma das primeiras divisões e a única que eu não alimentei no inverno, não para colher mel, mas como pesquisa para ver como elas se comportavam. Com o pedido do Pedro Paulo para que sócios levassem mel para o Concurso de Méis que ele vai fazer na próxima reunião da Ame-Rio sábado que vem, eu pensei, porque não ?
Como vcs podem ver, a cor é muito interessante e na foto que eu estou segurando , dá para perceber as diferenças das camadas do mel coletado ( tinha potes com mel claro e potes com mel amarelinho) , lógico que depois ficou tudo homogênio.
Estou ansioso para chegar o dia do julgamento, e ver as observações dos juízes.
Logo que eu coloquei a caixa no lugar, houve uma revoada das abelhas da caixa que tinha retirado o mel e a caixa Nº1, matriz do Projeto Meliponário Solidário ( na parte de baixo , com isopor ).
Não houve brigas, logo depois tudo voltou ao normal.
Como vcs podem ver, a cor é muito interessante e na foto que eu estou segurando , dá para perceber as diferenças das camadas do mel coletado ( tinha potes com mel claro e potes com mel amarelinho) , lógico que depois ficou tudo homogênio.
Estou ansioso para chegar o dia do julgamento, e ver as observações dos juízes.
Logo que eu coloquei a caixa no lugar, houve uma revoada das abelhas da caixa que tinha retirado o mel e a caixa Nº1, matriz do Projeto Meliponário Solidário ( na parte de baixo , com isopor ).
Não houve brigas, logo depois tudo voltou ao normal.
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