Como o Winckler disse na postagem anterior, eu visitei a Chapada Diamantina na Bahia e conheci dois criadores de abelhas sem ferrão, na localidade do Vale do Capão.
O primeiro se chamava Naldinho, ele tinha no seu meliponário abelhas mandaçaias, uruçu verdadeira (Melipona scutellaris), jataí, iraí, e outras.
Naldinho com sua uruçu.
No seu meliponário as caixas eram rústicas e não padronizadas em compensação os enxames eram um padrão só, todos estavam muito fortes.
Por está muito forte sofremos um ataque das uruçus já ao abrir a primeira caixa.
Provei do mel da uruçú e da mandaçaia, que por sinal estavam uma delícia, pena que não pude ficar muito tempo com ele mas fiquei impressionado com a dedicação que
ele tinha com as suas abelhas.
Naldinho usa uma seringa para colher o mel.
Naldinho com o enxame de mandaçaia
Ao terminar de fazer a coleta do mel da mandaçaia e me mostrar o enxame , ele começou logo a calafetar as frestas com barro, que ele tinha num pote ao lado, diferente do manejo que fazemos aqui no Rio de Janeiro, onde usamos fita gomada para a vedação.A vedação com barro me parece ser mais eficiente pois em nenhuma
das caixas, que ele abriu, vi os famigerados forídeos, além de ser mais econômica.
Usando barro para calafetar as caixas
No dia seguinte eu visitei o Sr. Luiz, criador de mandaçaias, ele me recebeu no seu meliponário, mas só permitiu que eu fotografasse as entradas das suas colônias sem mostrar todo o meliponário,pois não estava em “ordem”, segundo ele.
Ele me contou que criava dois tipos de mandaçaias, uma eu identifiquei como MQA ( Melipona quadifasciata anthidioides ), a outra era bem menor.
Eu fotografei as entradas da abelha pequena, achando que seria a “mandaçaia menor” ( Melipona mandacaia smith), abelha endêmica do nordeste, mas diferentemente desta, ela não tinha as listras amarelas contínuas, como eu esperava.
As listras eram grossas.
Mas interrompidas
Acredito tratar-se de uma sub-espécie ou uma abelha que ainda não conheço.
Ela vista de lado
E por baixo
A Chapada é um lugar maravilhoso de se conhecer, e espero voltar muitas vezes, principalmente ao Vale do Capão.
Abraços a todos,
Carlos Ivan /RJ
Amigo Carlos,
ResponderExcluirque maravilha de postagem,realmente essa troca de experiência,nos proporciona,momentos ótimos,pois o nosso país tem dimensões continentais,e portanto,...muitas diferenças de manejo,das nossas abelhas nativas.
Abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
Olá! vou acrescentar dizendo que sempre que vou a chapada diamantina (vila de Igatu), acabo tendo a sorte de ver um enxame de abelhas passando pela mata. Já presenciei 3 vezes, sem contar as inúmeras colmeias que vi. É um barulho como se fosse um trem passando por cima de nós. É incrível. Salve as abelhas!
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