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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Meliponário Maia

Amigos da AME-RIO e Internautas,

Há algum tempo fiz uma postagem sobre as Abelhas sem Ferrão no México, na verdade foi apenas uma tradução de um trabalho do fotógrafo francês Eric Tourneret. Ao traduzir o texto do Tourneret, em uma parte onde ele falava em Scaptotrigona mexicana, criadas na região de Cuetzalan, pensei que esse nome fosse uma referência as abelhas do México e na Internet eu encontrei referências a Scaptotrigona pectoralis, que inferi ser o nome científico daquela abelha, na verdade é o nome de uma outra abelha da mesma família e Scaptotrigona mexicana é nome científico mesmo, das abelhas criadas em de Cuetzalan. São abelhas negras enquanto as pectoralis são abelhas mais claras, alaranjadas.
Agradeço ao Prof. Adalberto Aguilar y Coronado, que prontamente nos ofereceu a informação correta. Agradeço também ao Mestre Cappas que também nos enviou a informação de que embora eu tenha errado ao fazer essa inferência, acabei acertando no que não vi. O Cappas nos contou que quando esteve em Cuetzalan, os Astecas lhe falaram que em tempos antigos suas abelhas eram amarelas (Scaptotrigonas pectoralis) e que só depois vieram as negras (Scaptotrigonas mexicanas). Eu já alterei a postagem.

Mas, naquela postagem, além das abelhas astecas, também havia referências às abelhas maias, Melipona beecheii, criadas em troncos ocos, selados em cada extremidade com barro seco. 

A postagem dizia ainda que, quando Hernán Cortés desembarcou com sua armada, em 1519, ele descobriu meliponários compostos de várias centenas de troncos ocos colocados horizontalmente em abrigo cobertos de folhas de palmeiras. O Prof. Adalberto nos enviou algumas fotos bem interessantes, que mostram alguma coisa sobre isso.
Um meliponário semelhante aos dos maias, com troncos selados por barro.
 Um outro meliponário, ainda mais típico e seus proprietários.
 
Esta imagem mostra como eram os Meliponários Mayas em sua época de esplendor, hoje, é só uma bela recordação. Essa foto foi oferecida ao Prof. Adalberto por seu Mestre em Meliponicultura, MVZ Jorge Gonzalez Acereto de la Universidad Autonoma de Yucatán. Acredita-se, que essa foto tenha sido tirada a mais de 70 anos.

Mas o Prof. Adalberto também fez referência ao seu Meliponário tecnificado "NOJ YUUM kAAB", onde trabalha com a criação racional das abelhas Melipona beecheii, utilizando caixas racionais modelo PNN.
Visão parcial do Meliponário "NOJ YUUM kAAB"

Pesquisando pelo nome de seu meliponário, encontrei a publicação “Apitec 71 - Edicion Especial - Abejas Sin Aguijón”, onde existem vários artigos bastante interessantes, inclusive um escrito pelo Prof. Adalberto que trata da Divisão das abelhas Melipona beecheei e o seu manejo posterior. Eventualmente, virei a fazer uma postagem sobre isso.

Enquanto não o faço, vejam esse e outros artigos, ainda em espanhol, em http://apiardeal.ro/biblioteca/Bibliografie%20universala/Apitec_Magazine_nr.71.pdf

Um dos artigos que mais gostei, foi “Las abejas y su guardián en la antigüedad maya”, de Carlos Echazarreta y Alejandra García Quintanilla, acho que vale a pena dar uma olhada, só o Mestre Cappas não precisa fazer isso, pois com certeza já o conhece de ponta a ponta.

Uga,

José Halley Winckler

A seguir mostro algumas imagens encontradas no artigo mencionado, em algumas delas tem links, que levam a páginas onde são encontradas as imagens. A ultima imagem tem um link para um artigo bastante interessante.










Um comentário:

  1. Artigo muito interessante. Gosto muito de história, a gente fica mais situado no tempo presente. Vou olhar o Link.

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