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sábado, 5 de junho de 2010

SÁBIOS... OU CÉGOS...?

Prezada Dra. Betina Blochtein

SÁBIOS OU CÉGOS...?

Devem ser sábios... Pois ainda, infelizmente, não conheci nenhum cego a criar abelhas nativas sem ferrão.

Há poucos dias enviei "aos quatro ventos”, uma importantíssima aula, que foi proferida pela pesquisadora Dra Betina Blochtein, no Congresso em Cuiabá.
Mandei as fotos das projeções, todas e a dissertação completa, pelo mais puro anseio de informar o mais útil aprendizado, que tive em Cuiabá, à ABENA, AME-RIO, E ALGUNS OUTROS EMAILS onde SEI MORAR MELIPONICULTORES, acreditem:- não recebi nenhum comentário, dúvida, ou curiosidade em resposta. Só havia sábios por lá..., nenhum meliponicultor curioso neste assunto, medianamente instruído como eu próprio...

Mas persistente, como sou, desejando, que o assunto fique registrado no nosso Blog da AME-RIO, mais ainda pelo prazer de reler e rever o assunto, que transformarei em palestra no próximo encontro, do dia 13 de junho, no Meliponario-Escola, que abriga a sede campestre da AME-RIO...

Republico as fotos. Teço alguns comentários com os meus botões, pois o tal assunto interessará a muitos, pois a nossa Associação contempla um grande número de estudiosos neste importantíssimo mister, de reflorestar corretamente, a favor das nossas asf.

Em conversa informal, há uns dois anos atrás, com o professor e botânico Wilson Pinho, falei do desejo de mapear as ocorrências da florada do "sabiá de leite", Mimosa laticefera... a mais valiosa florada nectarífera da Serra dos Órgãos, disse-me:
"- pode ser até possível, mas, este trabalho teria de ser feito por especialistas, fotos aéreas... na ocasião das floradas e em seguida constatações locais, alçamentos em projetos gerais, em escala conveniente. Coisa trabalhosa, demorada e dispendiosa..."

As duas primeiras fotos são do sabiá de leite, na Serra dos Orgãos em Guapimirim. 
Ficou a lição e a dúvida de como fazer...

Felizmente chegou a aula da Professora Betina e vou a ela perguntar:

No Rio Grande do Sul, os desmatamentos e a fragmentação dos habitats já afeta seriamente a manutenção de populações de Abelhas sem Ferrão.

Nos fragmentos florestais do município de Três Coroas foi feito o mapeamento de ocorrências do Camboatá Vermelho.

O Camboatá Vermelho é uma planta nativa, ainda abundante nos fragmentos florestais sul rio grandenses, com uma florada melífera, no período de maior escassez para as abelhas, o outono-inverno.

Apresenta uma assincronia de floração que o torna bastante interessante, pois com isso oferece alimentação durante um largo período.



Scaptotrigona bipuntacta e Apis melifera forrageando em flores de Cambará Vermelho





Como se faz?

Por onde começar?
Aqui, no Rio de Janeiro, temos chances de pressionarmos a PETROBRAS, como compensação dos prejuízos que impôs a flora e a fauna local, na enorme área que desmatou para a implantação do COPERJ. Ressarcimento à natureza em outros pontos também já degradados.
O COPERJ será um complexo de indústrias petroquímicas, o maior do mundo neste setor, no Município de Itaboraí, RJ, infelizmente, a poluição decorrente atingirá todo o entorno de matas e fauna preservadas, remanescentes da Mata Atlântica (Rio Bonito, Teresópolis, Guapimirim, Friburgo etc...).

Pelas razões acima, aspiro que complete, Dra Betina, a sua bela e utilíssima pesquisa, nos orientando no Rio de Janeiro de como fazer algo semelhante ao que demonstrou no admirável trabalho que me reporto nos anexos.
Aguardo, ansiosamente, a sua colaboração
  
Pedro Paulo Peixoto
Presidente da AME-RIO
Vice-presidente da FAERJ

Um comentário:

  1. Amigo Pedro Paulo,
    Sinceramente,eu acho que todos os associados da AME-Rio,juntos,em busca do mesmo objetivo,teríam uma grande força,junto à imprensa,àos órgãos governamentais,e as instituições que trabalham em defesa do meio ambiente.
    Se todos se mobilizarem,terão uma grande força de convencimento,na proteção do que ainda resta das matas nativas...

    Parabéns por chamar à todos,para essa luta.

    Um abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.
    João Pessoa,PB.

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