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E o rei do mel sorriu e sonhou. Totalmente envolvido pela lourinha germânica, germânica de alcunha, pela cor dourada, mas no sonho é brasileirinha da gema, indígena mesmo, irmã do sol, meiga Uniawamoni que até então só conhecida por fotografia, agora estava ali, ao alcance da sua mão.
E o cara que a conhecia, sátiro e cupido, recitou seus caprichos, sua necessidade de cuidados, muitos cuidados e exigência de flores, muitas flores, milhares, milhões de flores, só então retribuiria com seu agrado maior, fluído, doce, aromático, dourado como ela, néctar de uma deusa ao alcance de poucos escolhidos. Acho que não foi bem isso que o cara falou, mas em seus devaneios foi isso que ele sonhou, sonhos de mel.
Ai o cara terminou de recolher os restos de cera e disse: - Você viu? Era uma caixa bem forte, mas mel mesmo não nem 300g, e quase foi devolvido, só os potes machucados e vazando eu separei, mas vou deixá-los escorrendo numa vasilha e amanhã ou depois eu também devolvo, ainda estamos no inverno e não podemos deixá-las sem alimento. Em plena primavera e no verão a gente pode tirar um pouco, 100, até 150g de cada vez, caixas produtivas podem oferecer uns 450, 500g ano, alguns afirmam que produzem mais, mas na media eu tenho visto isto.
O rei do mel tomou um susto e acordou. 450g /ano? Acabou-se, o rei do mel, continuou a paixão por nossa dourada nativa.
Nossa? Pior, o cara resolveu contar que ela é nossa sim, americana como nós, mas não brasileira, latino-americana, seus domínios se estendem da Argentina ao México. Pode até, alguma vez ter cruzado a fronteira dos estates mas, ou foi corrida pela patrulha de fronteira, ou saiu por conta própria, talvez não entenda bem o inglês ou tenha outro motivo, o povo de lá não é muito caloroso e a señorita não gosta de frio.
Nossa? Pior, o cara resolveu contar que ela é nossa sim, americana como nós, mas não brasileira, latino-americana, seus domínios se estendem da Argentina ao México. Pode até, alguma vez ter cruzado a fronteira dos estates mas, ou foi corrida pela patrulha de fronteira, ou saiu por conta própria, talvez não entenda bem o inglês ou tenha outro motivo, o povo de lá não é muito caloroso e a señorita não gosta de frio.
Ah, señorita, é como muitos a conhecem. Nossos índios guaranis a chamam de Jatei, mas outros a chamam de varias formas – Jataí, Jati, Alemãzinha, Angelita, Virgencita, Mariquita, Mariola, Doncelita, Mimí, Ramichi, Señorita, Rubita, Wosá, ou Tetragonisca angustula, esse é o último apelido que lhe deram, acho que ela ainda nem acostumou com ele, foi dado por um tal de Latreille em 1811, quer dizer, não fazem nem dois séculos ainda e só um grupinho de iniciados é que a tratam assim. E eles ainda dizem que, esse é verdadeiro nome dela.
Acabou o sonho do mel, mas a paixão pela abelha ficou viva, não importa se não é só brasileira, a Jataí é a abelha sem ferrão com maior área de dispersão em todo o mundo. E a que mais se adaptou às cidades, tem presença quase garantida nos parques e praças arborizados.
Seu nome é Tetragonisca angustula, mas pode chamá-la como quiser.
As imagens desta postagem foram encontradas na Internet, nos sites
http://www.treknature.com
http://come-se.blogspot.com/
http://w3.impa.br/~luis/fotos
Amigo Winchler,mais uma vez,você se superou...eu adorei essa sua forma suave e interessante de passar para nós,a sua paixão pelas abelhas nativas e espacialmente pelas jataís.
ResponderExcluirÉ por isso que o blog,está melhor a cada dia,e isso,já se reflete no número de visitantes,e esse número só tende a aumentar...
Esse sucesso,se deve à todos os colaboradores,e amigos do blog da AME-Rio.
Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.
Caro amigo desconhecido é com muita alegria e com os olhos cheios de lagrimas que acabei de ler a sua romantica e afetuosa hitoria de amor. Estou eu aqui na minha casa, em um belo domongo de sol, mais em pleno inverno, me preparando para meter a cara nos livros e, lembrei de uma certa abelhinha que colhí outrora na casa de uma cliente minha...vasculhando a net em busca de informações sobre abelhas Jataí me deparei com sua história de amor, e resolví contar a você... pedí licença a dona da casa e retirei a abelhinha que estaria a ocupar um pequeno espaço de uma caixa de luz de 10cm. seguindo conselhos de um amigo eu deveria retira-la depois do cair do sol pois seria quando a maior quantidade de abelhas estaria dentro do favo, mas a anciedade era tamanha que ainda era um pouco claro quando eu com um pouco de cuidado retirei o pequeno favo e acomodei dentro de uma caixa pequena forrada com um saco plastico amassado para ficar bem fofinho. fechei a caixa e coloquei-a dentro de outra caixa maior e fiz o mesmo procedimento, pois teria que percorre a cidade uns 20 km +-. A principio eu não sabia o que eu deveria fazer quando chegasse em casa, só me deu vontade de leva-las pra casa. pensei que quando eu as acomodasse talvez elas fossem embora, pelo fato do estresse da viagem ou estranhar a nova morada. Qual foi a minha surpresa, elas não só gostaram da nova casa mais trataram de reconstruir o pequeno ninho amarrotado e maltratado, e como pequenas grandes engenheira construíram pilares de sustentação em volta do ninho bem como amarras em cima do ninho porque eu sem o menor conhecimento do que deveria fazer coloquei o ninho dentro da caixa maior e solto pensando assim, que seria melhor, mais espaço para crescer. Dias depois eu abri a caixa e tive uma surpresa alem dos pilares de sustentação elas construíram passarelas e aumentaram o tanho do favo, uma verdadeira obra de arte. estou admirado encantado e me apeguei tanto a elas que todos os dias eu dou bom dia a elas. Mas a minha grande admiração mesmo por essas pequenas loirinhas como "carinhosamnete você as chama" ocorreu pelo fato de que no dia seguinte após eu retirar o favo, eu voltei a casa de onde as tirei para continuar o trabalho que havia iterrompido, eu havia deixado a caixa de luz aberta, e sobrava um pedaço de eletroduto para fora, dentro do eletroduto eu me deparei... assim "olhos nos olhos" varias carinhas decepcionadas amontoadas com cara de " e agora quem poderá nos defender". Qui dó, qui dó, qui dóooo. Cara eu destruí uma família, eu acabei com a moradia delas, não sei mais eu sentí um remorso naquela hora sabe? procurei me conter e tratei de fechar a caixa ciudadosamente para dar proteção a elas e tive o cuidado de deixar a saída delas caso elas continuassem a viver alí. Dias depois voltei lá e a minha alegria e admiração aumentou quando ví que elas não se fiseram de rogadas, continuaram a luta e contruíram um novo favo. Daí eu pude perceber a grandeza de viver em união, de ter amor pela natureza. E hoje eu já comecei o dia muito bem, lendo a sua declaração de amor eu me sentí mais feliz porque sei que elas são exemplo de vida e dá prazer em tê-las como filhas adotivas.
ResponderExcluirOBRIGADO AMIGO.
Meu nome é Roberto
Moro em Maracanaú-Ce
Meu Email é som.danet@hotmail.com
muito bom, parabéns!!!
ResponderExcluirWinckler, foi um prazer tê-lo conhecido. Certeza de que aonde estiver estará velando pelas abelhas de todo o mundo. O mundo passou pelas suas retinas e você soube muito bem assimilar o que de mais precioso há nele: o manejo correto para com pessoas que manejam as abelhas. Deixou sementes em forma de livros em parceria com o talento. Abraços e até qualquer dia. Naim Freitas.
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