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terça-feira, 13 de abril de 2010

Os Aborígenes e as Abelhas sem Ferrão


An Australian Aborigine Playing a Didgeridoo Impressão giclée emoldurada
Os aborígenes australianos são hábeis coletores e fazem a festa quando encontram uma colméia de abelhas sem ferrão. Embora suas abelhas nativas não sejam maiores do que uma mosca, são ótimas provedoras de alimentos. Uma vez encontrada uma colméia, os favos são devorados ansiosamente – cera, mel, pupas, abelhas mortas, formigas, tudo. O galho que é utilizado para retirar a colméia da árvore é jogado no fogo, e por esse simples ato os espíritos das abelhas vão para o céu, o Paraíso dos Espíritos, onde ficam até que Mayra, o Vento da Primavera, sopre vida dentro das flores novamente. Então as abelhas retornam ao Paraíso da Terra para recolher o mel e encher as barrigas da humanidade.

Bees and Honey

Não acredito que as abelhas tenham sido criadas apenas para fornecer alimento para homens e mulheres. Em suas curtas e ocupadas vidas elas se dedicam a recolher mel e armazená-lo para a próxima geração e os seus ninhos ficam bem escondidos entre os galhos e troncos ocos de árvores. Os aborígenes têm vários métodos de descobrir onde estão escondidos os ninhos, mas talvez o mais engenhoso é o caminho que foi descoberto pelos irmãos Naberayingamma. 





Day 5 (26.3.07) - Oodnadatta Track

Estes dois homens Numerji viveram há muito tempo atrás. Eles eram gigantes barbudos que participavam de uma longa caminhada pela terra. Eles nunca tinham visto abelhas, até que chegaram a uma árvore coberta de resina vermelha onde estas pequenas criaturas estavam ativamente envolvidas em seu trabalho.




"Olhe aqui uma coisa maravilhosa", disse o irmão mais novo. "Estes bichinhos estão tirando mel das flores e voam com ele. Gostaria de saber para onde eles estão levando".
"Nós vamos descobrir em breve", disse o irmão mais velho. "Vou mostrar-lhe como descobrir seu ninho. Quando o acharmos teremos mel em abundância  para nós dois. Vá e corte uma forquilha e traga-a para mim".
O irmão mais novo tinha aprendido a confiar sagacidade do seu irmão. Enquanto ele estava procurando por um ramo apropriado, o outro encontrou um galho que continha uma teia de aranha. Ele puxou a teia, e quando o irmão voltou com a forquilha, ele a usou para pegar a teia, e logo subiu nos galhos da árvore vermelha.
"Eu vou colocar pedaços da teia sobre as abelhas", ele gritou para o irmão. "Você então será capaz de enxergá-las claramente. Veja para onde elas vão".
Por algum tempo ele ficou ocupado colocando minúsculos fragmentos da teia de aranha sobre as abelhas que ele conseguiu pegar.
De repente, seu irmão voltou correndo.
"Eu encontrei", ele gritou. "Eles voam para uma árvore oca lá em baixo. É onde o ninho deve estar.
"O Naberayingamma mais velho desceu e os irmãos foram juntos para a árvore oca. Eles quebraram a casca com os seus bastões, retiraram o ninho com o mel e o comeram com avidez.
Desde esta descoberta os aborígines aprenderam a arte de colocar nas abelhas um pedaço minúsculo de teia de aranha ou algum outro material facilmente distinguível  para orientá-los na busca de seus ninhos.
A.W. Reed,  Aboriginal Fables

As imagens dessa postagem foram retiradas da Internet 

2 comentários:

  1. Bem, isso é uma lenda australiana, mas que tem lógica, isso tem.
    Já vi falar em polvilhar com farinha ou outro tipo de material semelhante, para descobrir de que colméia estão vindo as abelhas. Mas isso é para abelhas de colméia já estabelecidas.
    Normalmente os mateiros, ficam observando as abelhas e tentam ver para onde elas vão depois de recolher o nectar ou mel, as vezes este é oferecido como isca.
    Se alguém realmente conseguir colocar pedaços de fios de teias de aranha nas abelhas, fica mais fácil velas contra o sol.
    Um abraço,
    José Halley Winckler

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